quarta-feira, 10 de abril de 2013

abril

Sinto o abraço do tempo apertar
E redesenhar minhas escolhas
Logo eu que queria mudar tudo
Me vejo cumprindo ciclos, gostar mais de hoje
E gostar disso
Me vejo com seus olhos, tempo
Espero pelas novas folhas
Imagino jeitos novos para as mesmas coisas
Logo eu que queria ficar
Pra ver encorparem os caules
Lá vou eu, eu queria ficar
Pra me ver mais tarde,
Sabendo o que sabem os velhos
Pra ver o tempo e seu lento ácido dissolver o que é concreto
E vejo o tempo em seu claroescuro
Vejo o tempo em seu movimento
Me marcar a pele fundo, me impelindo, me fazendo
Logo eu que fazia girar o mundo,
Logo eu, quem diria, esperar pelos frutos
Conheço o tempo em seus disfarces, em seus círculos de horas
Se arrastando feito meses se o meu amor demora
E vejo bem tudo recomeçar todas as vezes
E vejo o tempo apodrecer e brotar
E seguir sendo sempre ele
Me o tempo todo começar de novo
E ser e ter tudo pela frente



      Março me apresentou a morte bem de perto , dentro da minha família... meu primo faleceu, foram dias bem tristes, ainda são quando eu vejo minha mãe se lamentando e falando dele. 
Várias coisas estão acontecendo ao mesmo tempo, que me fazem crescer , as vezes quero ir contra isso e fazer birra de criança me jogando ao chão berrando depois ficar no meu esconderijo deitadinha em posição fetal , segura do mundo. 
   Respiro fundo ... esvazio a mente... depois  penso ,penso ,  deixo passar.. vai passar..