segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

sobrevivente


Uffa ela sobreviveu a mais um natal, trancada em seu apartamento com a solidão e a ceia de macarrão instatâneo. Sentada com os pés sobre o banquinho, lê algumas das suas anotações corriqueiras dos alguns trecentos e sessenta sei la o que dias... e o dia 31 de dezembro é apenas mais um mês que acaba , com pessoas embriagadas, abraços em estranhos na rua, barquinho pra Yemanja , pedidos , metas a realizar..e blá blá blá , calcinha vermelha pra ter um grande amor , amarela pra dinheiro,pular 7 ondas, comer lentilha...e muitas macumbinhas!

Ela sorri vendo as fotos do ano que esta terminando, pensando nos tantos amores desfeitos, amizades, lugares que frequentou, pessoas que conheceu , pessoas que perdeu... o que ela fez e nunca pensa no que poderia ter feito, pensa que tudo caminha e flui do jeito que deveria acontecer. Ela tem medo , ou tinha muito medo, agora o medo ta escondindo debaixo da cama , nunca olha pra lá , ela esta aprendendo a se desapegar do mundo , por isso resolve jogar tudo fora . Tem planos , só pra ter como guia de vida, mas não pensa muito em segui-los de verdade deixa tudo acontecer tudo muda muito rápido e não quer cair de bunda no chão e ficar triste, faz como regra e meta para o novo ano ser feliz e fazer sempre o bem , e sabe que no fundo sua solidão não é ruim , afinal muitas pessoas compartilham momentos só por tradição e não pela intensidade de abraçar com carinho e uma simples refeição.

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